Diverticulite e Alimentação

Bom dia ?

Se o título deste post lhe chamou a atenção é porque você tem diverticulose ou conheçe alguém que sofre com o problema. Neste post trago algumas orientações nutricionais para prevenção das crises de diverticulite.

Antes de tudo é necessário entender a diferença desses dois termos: diverticulose de diverticulite.

? Na diverticulose, a pessoa possui os divertículos (que são pequenas bolsas), mas sem sinais de inflamação.

? Na diverticulite esses divertículos, essas pequenas bolsas, estão inflamadas ou infectadas.

Desta forma, podemos definir a diverticulose como uma condição na qual pequenas bolsas chamadas divertículos se formam em pontos fracos no intestino. Elas são encontradas com mais frequência na parte inferior do intestino grosso, no cólon.

Um verdadeiro divertículo intestinal é a herniação das camadas mucosa e submucosa do intestino através de um defeito na camada muscular (camada muscular enfraquecida).

A maioria das pessoas com diverticulose não apresenta sintomas. Quando a diverticulose causa sintomas, é chamada de doença diverticular.

A diverticulite se desenvolve quando pontos fracos na parede intestinal cedem sob pressão, fazendo com que as seções se projetem para fora.

A diverticulite é a infecção ou inflamação dessas bolsas que podem se formar no intestino. Pode ser referida, também, como um ataque ou surto de diverticulite.

A diverticulite pode ser aguda ou crônica. Na forma aguda, o paciente pode ter um ou mais ataques graves de infecção e inflamação. Na diverticulite crônica, a inflamação e a infecção podem diminuir, mas nunca desaparecer completamente.

? Os sintomas comuns de diverticulite incluem:

• Dor abdominal constante que dura dias, geralmente no lado esquerdo inferior do abdômen (embora algumas pessoas a sintam no lado direito inferior);
• Náusea e / ou vômito;
• Febre e / ou calafrios;
• Constipação ou diarreia;
• Sensibilidade ou cólicas abdominais;
• Sangramento retal.

Para reduzir o risco, deve-se encorajar os pacientes a praticar exercícios físicos, manter um peso saudável (a obesidade aumenta o risco) e observar o consumo de álcool. O uso regular de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e analgésicos também deve ser evitado.

Orientações Nutricionais:

⚠️Importante: as orientações nutricionais aqui listadas são para a fase de não inflamação. Em casos de inflamação aguda, infecçoes, a dieta e sua evolução são prescritas pelo médico.

✔️Dieta Low-FODMAP: Alguns pesquisadores sugeriram que uma dieta com baixo teor de FODMAP também pode beneficiar pessoas com diverticulite.

✔️Fibras: Após a resolução dos sintomas agudos, os pacientes são frequentemente recomendados a seguir uma dieta com baixo teor de fibra dietética e, em seguida, fazer a transição para uma dieta padrão ou rica em fibra (maior de 25g de fibras por dia).

Uma dieta rica em fibra alimentar é hipotetizada para prevenir a recorrência da diverticulite devido à redução do tempo de contato entre o conteúdo intestinal e os divertículos, e a irritação associada. Também tem havido um uso crescente de suplementação de probióticos na prática, que se acredita diminuir o risco de infecção e inflamação dos divertículos. No entanto, essa prática ainda não foi avaliada por uma revisão sistemática da literatura.

✔️Probióticos: Há evidências de que os probióticos podem ajudar a reduzir os sintomas de diverticulite ou estimular a remissão.

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✔️Quanto a suplementação de vitaminas e minerais sugere-se avaliação bioquímica da vitamina B12, ferritina, vitamina D. Pode ser necessário repor ferro, zinco, vitamina D e proteínas ou aminoácidos.

✔️Vitamina D: Um estudo descobriu que pessoas com diverticulite complicada que foram hospitalizadas tinham níveis mais baixos de vitamina D do que pessoas com diverticulose não complicada. É sugerido que níveis mais altos de vitamina D podem diminuir a inflamação.

✔️Plant Based Diet: Uma dieta vegetariana, com alto teor de fibras, rica em frutas, vegetais, legumes, leguminosas e grãos integrais estão associadas à diminuição do risco de diverticulite. E apesar dos mitos, alguns pesquisadores relataram que o consumo de milho, pipoca, frutas vermelhas e nozes não aumenta o risco. Eles devem ser evitados na presença dos surtos, ou seja, na fase inflamatória da doença.

?Os pacientes com comorbidades associadas devem ser apoiados com recomendações nutricionais individualizadas de acordo com os sintomas que apresentarem.

Dúvidas, podem me chamar, será um prazer ajudar ?

Bjo?
Nutri Ana

Instagram: @anagluck