Diabetes Gestacional

Bom dia!?

O que é o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)? 

O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como a intolerância aos carboidratos, resultando em hiperglicemia (alta de açúcar no sangue), com início durante a gestação. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contrarreguladores da ação da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que há outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol e o estrogênio.

Como evitar ou controlar (caso já esteja diagnosticado)?

O planejamento nutricional é a mais importante, quando não a única, modalidade de tratamento. Já que os hipoglicemiantes orais são contra-indicados e somente mediante o mau controle glicêmico é que o médico lança mão do uso da insulinoterapia. Portanto a primeira abordagem é NUTRICIONAL.

 

Quais os fatores de risco?

  • obesidade e sobrepeso
  • história familiar de diabetes
  • síndrome do ovário policístico
  • ganho excessivo de peso durante a gestação
  • complicações obstétricas prévias, idade >25 anos e tabagismo.

Por outro lado, são fatores de proteção: peso normal antes da gestação, idade <25 anos, história familiar negativa para diabetes e ausência de complicações obstétricas prévias.

Quais os riscos?

A gestante portadora de (DMG) não tratada tem maior risco de descolamento prematuro de placenta, parto pré-termo (antes da hora), além de risco elevado de pré-eclâmpsia (pressão alta). Destas complicações, a pré-eclâmpsia está associada à elevada morbimortalidade materna.

Para o bebê nascido de mães portadoras de DMG a principal e mais freqüente complicação é a macrossomia fetal, ou seja, bebês nascidos com mais de 4Kg (acima do recomendado). Há relatos de bebês nascidos com 8Kg! A macrossomia pode resultar em sofrimento fetal durante o parto. Alguns obstetras, inclusive, optam pelo parto cirúrgico ao natural e evitam prolongar a gestação além das 38 semanas (para evitar o crescimento excessivo nas últimas semanas).

Nem todo bebê nascido com mais de 4Kg vieram de mães diabéticas, certo? Nem todos, mas às vezes a gestante nem soube que teve o DMG.

Alguns estudos também demonstraram que bebes macrossômicos têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e DM durante a adolescência e vida adulta.

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Após o parto, com a retirada da placenta, as alterações metabólicas são revertidas, e os níveis glicêmicos normalizados. Por isso, cerca de 90% destas mulheres deixam na fase pós-gestacional. No entanto, como essas mulheres possuem risco de desenvolverem DM tipo 2, num período de 10 a 20 anos, é recomendado que realize exames de TTG (teste de tolerância à glicose) após seis a oito semanas do parto (para excluir a doença) e anualmente (para rastreamento precoce do DM tipo 2).

E a nutrição da gestante portadora de DMG?

A gestante portadora de DMG deve fazer aproximadamente seis refeições por dia, sendo três principais e três lanches. O lanche noturno é importante para evitar a cetose durante a noite. Deve-se restringir o uso de alimentos com alta resposta glicêmica, aumentar o aporte de fibra solúvel e gordura monoinsaturada e controlar o aporte de carboidratos no desjejum no caso de hiperglicemia matinal. O horário da manhã é pior por conta do pico de cortisol que aumenta a resistência à insulina. Outra intervenção importante é o uso de probióticos. Complicou né? Por isso o acompanhamento com nutricionista se torna necessário.

O que eu colocaria num desjejum, por exemplo?

Suco de fruta com vegetal verde + ovo cozido + banana com quinua.

Espero que tenham gostado do post ?

Bjo?
Nutri Ana

Instagram: @anagluck

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